Sinopse "Não chove de baixo para cima"

Uma sala, uma mulher, uma professora, marcada pelas marcas de uma mãe que já não está, que "às vezes preferia não ter cara, nem voz, nem corpo. Não ter nada, só ter costas". Não chove de baixo para cima marca a fronteira entre a loucura e a lucidez, entre o amor e ódio, entre o passado e o presente, onde a violência emocional se transforma e nos transforma.


Não chove de baixo para cima retrata a vida de uma mulher que vive obcecada pelos traumas vividos na infância causados por uma mãe esquizofrénica. A mãe já falecida, por sua vez, em momentos de lucidez, escrevia-lhe bilhetes que escondia, como recados da vida, porque tinha consciência das suas incapacidades em certas alturas e de forma a que, quando morresse, fossem lidos pela filha e melhor interpretados. Sofia, ao longo do espetáculo, relê esses bilhetes e tenta limpar-se de comportamentos  repetitivos que demonstra sistematicamente, como carimbos da mãe no corpo e no espírito. Este espetáculo mostra, de uma forma crua e dura, uma proposta de futuro para alguém vítima física e emocionalmente de violência doméstica na infância.





Sem comentários:

Enviar um comentário